
Ah, escuridão de minha face,
Simplória em alma viva,
A qual faz e se desfaz,
A cada minuto do dia.
Como vens num eterno viver,
Sois irmã da noite sombria,
A partir da luz a perecer e,
Tudo se questiona: onde se esconder?
Prisão de quem manifesta,
Um amor de crepúsculo,
Sabendo o quanto se esvai,
Sob o trono de mercúrio.
Molhado dos encantos teus,
Obscuridade densa da verdade,
Abrindo as torres de um castelo,
Cheio de loucura e insensatez.
Oh, miragem desértica,
Com ventos acima do normal,
Levas-me até o encontro,
Do paraíso a qual a vejo nela ter.
Desafio o medo que tenho,
Ou permaneço à mercê de sua vitória.
Vou desistindo do eu recluso,
Para sorrir com a sua glória.
Peço que chegue antes mesmo,
De o véu vir a descer,
Pois, é assim o terno beijo,
Envolvendo-nos num fio a tecer.
Contudo, não finjo saber,
Quando os meus olhos irão descerrar,
Assim, vou poder te enxergar
Longe do que penso em ser.
Por Ricardo Oliveira
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