
Ser quem sou,
Já é uma loucura,
No mais profundo do abismo,
Que apresenta o subterfúgio.
Incorrigível temor,
Desconhecido de tudo,
Escondido como for,
No labirinto do absurdo.
Envolta de cada centelha,
A qual se acende em um minuto,
Contendo as noites escuras,
Enquanto ainda existe a lua.
Brilhante acima de mim,
Revelando bem mais do que penso,
E pensando em compreender o nada,
Afogo-me no enigma das marcas.
Marcas indecifráveis!
Do passado a guardar,
Em meio a devastação,
Do modo de se contemplar…
A vida como um todo,
O todo em sua origem.
Não querendo ninguém a investigue,
As páginas a qual venham a se queimar.
Uma crônica da essência,
Vedada pela capa não confessável,
Onde pego-me na irresolução dos verbos,
Parando exatamente em Três Riachos.
O semblante traiçoeiro,
Refletindo o fadário humano,
Sem resposta alguma,
Ao passo da coragem.
Quem diz muitas coisas,
Tende a não se reconhecer,
Mas calando-se nas ruínas,
Perdendo-se antes do amanhecer.
Ricardo Oliveira –
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