
É incerto o tempo a qual tenho,
Estado mergulhado nas tais profundezas,
De um mar cuja a face denota,
As lágrimas com que tanto vejo-te
E nas turvas águas da inocência,
Eis que alguma coisa move-se,
E é assim o meu mundo mortal,
Onde posso notar a sua presença.
Sou puxado cada vez mais,
Para um lugar antes de eu nascer,
Na época em que revelas,
A razão de simplesmente querer-te.
Por acaso, que alma nutre tua era,
Para despertares um adormecido?
Sendo-te quem o espelho prende,
Podes guardar tais segredos escondidos?
Teus lábios são como morangos,
Deveras eu puder os terem colhidos,
E mediante a ondulação das madeixas,
Sentir o cheiro do jardim esquecido.
Se a morte vier a meu pedido,
Posso ter a bravura de cortejá-la?
Antes de virares uma concha,
Levando-te para longe desta saudade.
Empunho a espada da justiça,
Lutando com dragões e serpentes marinhas,
Salvando-te de um destino travesso,
De seres posta ao sacrifício oferecido.
Ah, entendo que é só em pensamento,
Que tuas mãos venho a segurar, e
Contra o meu aberto peito sangrando,
A verdade vir a vós entregar.
Dou por mim, já regresso ao presente,
De um outrora a corromper-me,
Pelas pronúncias deferidas,
Daquela voz a qual ouço repentinamente.
E da Ordem cuja fronte fui lavado,
Na cerimônia de meu ingresso,
Também foi-me doravante tirado,
Uma parte que seria-me contemplado,
Na câmara de vidas passadas.
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